Vou jogar o GTA 6 como joguei todos os outros jogos GTA nos últimos 20 anos, como um cidadão cumpridor da lei

Ainda me lembro claramente do velho monitor Sony Trinitron CRT onde joguei GTA: Vice City há 20 e tal anos. Tinha 11 anos e, sim, era demasiado novo para me aventurar pelas ruas de néon da falsa Miami na pele de Tommy Vercetti, vestido com a sua camisola de palmeiras verde-azuladas. Mas só me foi permitido jogar com a condição de não fazer nenhuma das missões.

O monitor volumoso – que era impressionante no seu tempo – estava aninhado no canto do meu quarto de infância, entregue pelo meu generoso pai, e eu corria da escola para casa para dar uma volta de carro a ouvir a icónica estação de rádio Flash FM. Desde andar de carro ao som de Wang Chung’s Dance Hall Days, a estacionar junto a uma casa (que eu fingia ser a minha casa) enquanto tocava Out of Touch de Hall and Oates, tenho de agradecer ao GTA: Vice City por ter despertado o meu amor eterno pela música dos anos 80. Mas também deu início a uma tendência atual no que diz respeito à forma como jogo GTA.

Repare, eu nem sequer queria fazer as missões em Vice City, só estava lá para conduzir carros. E, ao contrário da minha obsessão com The Sims, fingia que estava realmente neste mundo, a orquestrar as minhas próprias histórias; fazia coisas bastante mundanas no grande esquema das coisas, mas, para mim, era a forma mais excitante de passar o meu tempo livre. Alguns anos mais tarde, entrei no mundo de GTA: San Andreas e acabei por fazer praticamente a mesma coisa. As missões podiam muito bem ter sido a banda sonora de fundo do que eu considerava o evento principal: o mundo em si. O que me interessava eram as coisas granulares que se podiam fazer dentro dele, fosse comer num restaurante de fast food, respeitar as leis de trânsito ou andar de bicicleta BMX pelo bairro.

Mesmo quando fiquei mais velho e alguns dos jogos mais recentes apareceram, a forma como sempre abordei o meu tempo com GTA manteve-se a mesma. Na verdade, se alguma coisa se intensificou foi o facto de os mundos se terem tornado mais realistas, com o cenário de Los Santos do GTA 5 a oferecer um sem fim de distracções secundárias fora da campanha principal. Agora, com a perspetiva de tudo o que GTA 6 nos pode reservar, sei que serão sobretudo os elementos de simulação de vida que me vão chamar a atenção.

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A vida é o que você faz dela

GTA Vice City

(Crédito da imagem: Rockstar Games)

Em muitos aspectos, o Vice City original era bastante limitativo no que diz respeito ao que se podia fazer, e tive de deixar a minha imaginação fazer muito do trabalho pesado. Mas ao longo dos anos, esse lado da experiência foi melhorando. San Andreas veio e ofereceu mais, com GTA 4 também a acrescentar o aspeto de simulação de vida que eu desejava, mas só quando GTA 5 chegou é que me senti verdadeiramente no meu elemento. Depois de ter progredido o suficiente nas primeiras missões para passar para o Michael, comecei a viver a vida em Los Santos.

Ia ao cinema, passava tempo em casa dele, fazia ioga e via televisão. Joguei GTA 5 como se estivesse a viver uma vida tranquila e pacífica, longe de toda a ação que o mundo também tinha. Há tanto para fazer e ver na vasta cidade que só podia ter sonhado quando estava sentado atrás daquele grande monitor CRT com o Vercetti, há tantos anos atrás.

Grand Theft Auto 5

(Crédito da imagem: Rockstar Games)Feliz Grand Theft Advent

Grand Theft Advent

(Crédito da imagem: Rockstar Games)

Bem-vindo ao Grand Theft Advent – um mês de celebração da série de simulação de crime da Rockstar. Não se esqueça de visitar o nosso centro de cobertura do GTA 6 para mais informações todos os dias durante o mês de dezembro.

O mundo parecia mesmo a minha ostra para viver a minha própria vida virtual, conduzindo em segurança pelas ruas como qualquer bom cidadão e fazendo paragens aqui e ali para comprar mais roupa, jogar ténis ou visitar a praia. O meu gosto pelas actividades secundárias mais pequenas é a razão pela qual me apaixonei rapidamente pela série Yakuza, que está repleta de jogos da Sega para jogar na sala de jogos, restaurantes para comer e bares de karaoke, entre muitas outras coisas.

Hoje em dia, podemos viver num mundo repleto de simuladores de vida que me deixariam num verdadeiro frenesim, mas, na altura, The Sims era o líder. Apesar de ser um grande fã do jogo da Maxis, não era capaz de conduzir um carro num mundo aberto como o fazia na aventura de ação da Rockstar. Vice City preencheu um espaço para mim que nenhum outro jogo conseguiu na altura, e agora que GTA 6 está preparado para nos levar de volta às mesmas ruas por onde eu conduzia, a ouvir Billie Jean de Micheal Jackson, talvez possa finalmente experimentá-lo da forma que sempre quis.

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Não só é emocionante pensar em ver a cidade realizada na era moderna, como também nas possibilidades que poderá ter em termos de funcionalidades de simulação de vida. O trailer de GTA 6 não nos deu muitas pistas sobre o que poderemos fazer, mas com alguns indícios de elementos de redes sociais, referências a locais familiares e várias travessuras que remetem para a vida na Florida, não tenho dúvidas de que poderei continuar a jogar GTA à minha maneira.

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